Como poderíamos definir o conto?
O conto é um fragmento.
Um lapso.
Um piscar de olhos dentro da escrita.
O conto é independente.
É dinâmico.
É enxuto.
É culto e fala muito pouco.
O conto é um poema com entrelinhas.
É alguém engasgado com alguma idéia corriqueira.
É a fumaça que sobe do cigarro esquecido no cinzeiro.
É um orgasmo.
É o caso da empregada.
É a supertição da vovó.
O conto é gostoso, é rápido.
O conto é...
Um lapso.
Um piscar de olhos dentro da escrita.
O conto é independente.
É dinâmico.
É enxuto.
É culto e fala muito pouco.
O conto é um poema com entrelinhas.
É alguém engasgado com alguma idéia corriqueira.
É a fumaça que sobe do cigarro esquecido no cinzeiro.
É um orgasmo.
É o caso da empregada.
É a supertição da vovó.
O conto é gostoso, é rápido.
O conto é...
O conto é isso aí.
ResponderExcluirE ponto final!
e um orgasmo.... buena definicion... nunca lo habia pensado
ResponderExcluir... um poema ao pé do ouvido.
ResponderExcluirUm texto bem conseguido que foca bem a virtude do conto como uma simbiose entre a ficção e a realidade de todos os dias.
ResponderExcluirAltino do Tojal, um (excelente) contista português, escreveu estas palavras sobre o seu trabalho:
«Penso que continuei a respirar os ares deste mundo porque a minha imensa solidão era afinal um firmamento povoado de boas histórias à espera de serem contadas. Exprimir através da palavra escrita, com a máxima beleza e a mais pura limpidez, aquela tensão criativa permanente, cujo excesso de luz interior punha clarões nos meus olhos e me fazia andar pelas ruas como um sonâmbulo, eis verdadeiramente o que me mantinha vivo».