Como me toca a inspiração?




Como me toca a inspiração? Qual o percurso traçado por ela dentro de minha subjetividade? Estas questões sempre encontraram uma resposta direta em meu consciente.

Esta frase de Borges "Não sei se sou um bom ou medíocre escritor, porém sei que sou um bom leitor", sempre foi reveladora para mim, porque achava que, para escrever bastava ler muito! Não que tenha deixado de acreditar na leitura, muito ao contrário. Leio mais do que nunca!

O que mudou em mim é que agora a minha leitura está amplificada, não dedico a atenção somente às verdades impressas em grossos livros. 
Estou utilizando os outros sentidos para ler, e que experiência ímpar!

Percebo que a inspiração habita em um cheiro, em um olhar... De repente me vejo admirando uma pessoa caminhando, ou um casal brigando, parados, em plena  calçada. Percebo como as pessoas falam com as mãos e isso me dá uma vontade louca de passar o gestual para o papel. 

O olhar de uma criança, a solidão de um adulto. 

Que emoção perceber a história acontecendo, naquele exato momento, na fila do ônibus, no balcão da padaria, na preguiça do gato se lambendo na janela enquanto os passos avançam...

A vida é um grande livro!

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